Depois de Vitória, será a vez dos cariocas prestigiarem o espetáculo, dias 22 e 23 de junho, no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a Camerata Sesi brilhando fora do Espírito Santo

 

Fotos: Alexandre Mendonça/ UCI-Findes

Uma plateia emocionada, de pé, ovacionando bailarinos e músicos por pelo menos cinco minutos. Assim se encerrou o espetáculo O Lago dos Cisnes, que aconteceu nesta terça-feira (18), no Ginásio do Sesi de Jardim da Penha, em Vitória. Mais uma noite que entra para a história da Cultura do Espírito Santo, uma encenação inédita da obra do compositor russo Tchaikovsky, trazido pelo Sesi/Findes.

Os acordes de O Lago dos Cisnes por si só encantam o público que lotam as apresentações ao longo dos séculos: escrita entre 1875 e 1876, a pedido do Teatro Bolshoi, em Moscou, a primeira peça para ballet escrita pelo russo reflete a difícil experiência de vida do seu autor, sendo altamente emotiva, dramática e carregada de sentimentos.

Sentimentos esses muito bem interpretados pela Orquestra Camerata Sesi/Findes e os bailarinos da Companhia de Baile da Escola de Dança Maria Olenewa, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que fizeram o público sorrir, chorar, vibrar e imergir na história de amor do príncipe Siegfried e da princesa Odette, transformada em cisne junto com suas companheiras pelo maligno feiticeiro Rothbart.

Perfeição

Esse intenso casal foi interpretado pelos primeiros-bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Cláudia Motta e Filipe Moreira. O bailarino Saulo Finelon foi quem deu vida ao ambicioso vilão.

No palco, os graciosos movimentos e giros que remetiam a leveza da dança dos cisnes hipnotizaram. Corpos bailavam como se realmente tivessem asas. Cada bailarino e músico deu o tom da noite e sua contribuição para que tudo acontecesse na mais perfeita harmonia. Um feito notório, uma vez que “O Lago” é conhecido pela dificuldade de execução para os bailarinos, pois requer uma boa preparação física, excelência e uma busca pela perfeição.


Destaque para o Ato II, quando acontece o encontro do príncipe com o cisne branco, a Odette; e o Ato III, a dança de Siegfried com o cisne negro, Odile – também interpretada por Cláudia Motta, e a descoberta da farsa criada por Rothbart para prender a princesa para sempre em seu feitiço. O bailarino que interpretou o Bobo da Corte/Bufão, caiu nas graças do público, devido a interpretação leve e divertida.

A cereja do bolo foi a participação da Orquestra Camerata como parte do cenário, já que geralmente, nos teatros, os músicos ficam dentro do fosso.

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Rio de Janeiro

Depois de Vitória, será a vez dos cariocas prestigiarem o espetáculo, dias 22 e 23 de junho, no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com a Camerata Sesi brilhando fora do Espírito Santo.

Esta montagem de “O Lago dos Cisnes” teve direção geral de Hélio Bejani,  direção artística de Jorge Teixeira e figurino de Tânia Agra. O projeto visual foi assinado por Rosa-Nina Liebermann. Um grandioso espetáculo formado pelos 45 músicos da Camerata sob regência do maestro Leonardo David, dois primeiros-bailarinos, 46 bailarinos e oito solistas.

Por Fiorella Gomes

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