Equipes de Jardim da Penha (Vitória) e Civit (Serra) foram classificadas para a etapa nacional do F1 In Schools, projeto educacional que incentiva o empreendedorismo

Tem time capixaba disputando vaga no torneio internacional F1 In Schools, projeto educacional que incentiva o empreendedorismo em crianças e adolescentes de 9 a 19 anos por meio do uso da metodologia STEAM. As equipes Pocadores, do Sesi Jardim da Penha, e Gear One, do Sesi Civit, realizam nas próximas semanas os detalhes final para a etapa nacional da competição, que acontece de 6 a 8 de março, em São Paulo.

O F1 in Schools desafia estudantes a criarem empresas para competir em uma pista de corrida em miniatura. O campeonato, que faz parte de um projeto internacional realizado pela própria Fórmula 1, reproduz desafios profissionais envolvidos em uma corrida de carros do início ao fim, desde a criação da escuderia até o enfrentamento nas pistas.

Ou seja, neste torneio não é só a velocidade que conta: é necessário utilizar diversos recursos tecnológicos para projetar, modelar e testar um protótipo de um carro de F1. Além disso, eles precisam pensar em marketing, patrocínio, plano de negócios, estratégias em mídias sociais e desenvolverem um projeto social, que pode ser usado como critério de desempate no resultado final.

Essa foi a primeira vez que foi realizada uma seletiva para a competição no estado, que aconteceu no último fim de semana no Sesi da Jardim da Penha e teve dez escuderias inscritas.

“Ficamos muito surpresos com os resultados, porque os alunos tiveram pouco tempo para desenvolver os seus projetos. Eles começaram em outubro, com as férias de janeiro interrompendo. Mas várias equipes se desdobraram, construíram seu carro, entenderam o que o projeto pede e fizeram projetos sociais maravilhosos”, avaliou Waldemar Battaglia, representante oficial no Brasil do F1 In Schools.

Classificadas

A campeã da etapa regional, Pocadores, ganhou a maioria das categorias avaliadas, sendo elas engenharia, portfólios, apresentação verbal, identidade da equipe e marketing. A escuderia criada para a competição é formada pelos alunos Pietro Pazini Passos de Oliveira, 14 anos; Esther Rocha Fernandes, 15 anos; Rebeca Vassoler Gallo, 15 anos; Gustavo Leonel Costa Rodrigues, 16 anos; Marcelo Alves de Castro Filho, 16 anos; e Daniel Realli Gaspar Loureiro, 16 anos.

Já a vice-campeã, Gear One, teve o carro mais rápido da competição e faturou o primeiro lugar na categoria melhor mídia social. Ela é formada pelos alunos Bruno Cezar Ferreira Miranda, 16 anos; Jaysa Reis Saturnino, 16 anos; Igor Moreira de Matos, 16 anos; Matheus Mesquita Gomes Moura, 16 anos; e Danielle Teixeira da Cruz, 17 anos.

Dentro das equipes, que deve ser formadas por três a seis pessoas, cada integrante assume uma função assim como em uma empresa. Entre elas estão liderança, diretor de marketing, direto de recursos, engenheiro, design gráfico e designer 3D, por exemplo.

A etapa internacional do F1 In Schools está prevista para acontecer no dia 20 de setembro, em Marina Bay, durante do GP de Singapura.

Conheça o F1 In Schools

Criar uma empresa que funciona como escuderia e promover um amplo plano de ação, que inclui escolha de nome, elaboração de marca, promoção de marketing, captação de patrocínio, gestão financeira, ações sociais, divulgação da equipe em mídias sociais e montagem de um carro miniatura de Fórmula 1. Essas são as principais missões das equipes que disputaram o torneio F1 In Schools, que aconteceu nos dias 14 e 15 de fevereiro no Sesi de Jardim da Penha.

Os requisitos exigidos para participar do torneio preparam os alunos competidores para o mercado de trabalho, trabalhando habilidades socioemocionais, o trabalho em equipe e interpessoal. Além disso, os integrantes das equipes têm contato com experiências específicas de áreas como administração, design, marketing e engenharia.

Como funciona

Os estudantes, unidos em times de três a seis pessoas, se dividem entre as funções de gerenciamento, engenharia e design que darão suporte para à escuderia, que funciona como uma pequena empresa.

A equipe prepara o plano de negócios e corre atrás de patrocínio para cobrir custos da competição como confecção de uniformes, alimentação e transporte.

Como contrapartida, a logo do patrocinador aparece estampada no carro, no estande e nos uniformes, como em uma escuderia de verdade!

Seguindo especificações estabelecidas nas regras internacionais da competição, os alunos projetam os carros em ferramentas de desenho 3D.

O diferencial de cada carro, que garantirá velocidade e estabilidade na arrancada, está no design. Por isso, atenção a detalhes de aerodinâmica e boa escolha de materiais são cruciais.

Velocidade e adrenalina marcam a última etapa desta competição. Os carros são testados em uma pista reta de 20 metros, impulsionados por um cilindro de CO₂. As miniaturas devem suportar as forças da aceleração na partida, travessia do percurso e desaceleração física após cruzarem a linha de chegada.

Mas não é só velocidade que conta: a avaliação, premiação e classificação para a etapa mundial se baseiam no resultado de um conjunto de ações incluindo elaboração do plano de negócios, marketing e mídias sociais, apresentação, além do envolvimento em uma ação social.

*Por Fiorella Gomes

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